2007-05-15

Mas que diz o livro, afinal ?

O texto do Expresso de 5 deste mês que provocou a reacção de Vitor Dias (ver o seu blog e posts aqui em baixo) refere três momentos.: "o gabinete de crise", um jantar em Alvalade e "o grupo secreto" que transferiu o seu quartel-general do 5º andar da sede do Comité Central do PCP para casa de Joaquim Pina Moura, no Restelo.
Vítor Dias é referido no primeiro momento, o do "gabinete de crise". O que ficou conhecido com este nome era um grupo de camaradas que trabalhavam na Soeiro Pereira Gomes, de composição variável, dependente de quem estava por ali, à hora do café, a seguir ao almoço, durante o ano de 1987 e talvez os dois primeiros meses de 1988. A sua génese e alcunha o livro explica melhor, num trecho que reproduzo no post abaixo.
Vitor Dias ainda é referido no livro mais cinco vezes, uma boa performance, mas em nenhuma delas é possível encontrar qualquer contribuição sua para a saída do pântano em que o PCP se tinha atolado.

1 comentário:

jal disse...

Caro Raimundo Narciso,

Cada um escreverá sobre o que bem entender e desse ponto de vista não há discussão possível.

Mas não resisto a colocar uma questão: ainda é ex-militante do PCP?
Durante este tempo todo não é já ex-outra coisa qualquer?

O que fez entretanto não lhe permitiu escrever umas quantas linhas?

Porque utiliza o nome e a foto de Álvaro Cunhal na capa do seu livro? É pura provocação ou estrtégia de marketing?

No seu livro faz algum balanço ao facto de ter apregoado aos sete ventos querer aprofundar o socialismo, tornar o partido ainda mais comunista e o seu rumo político demonstrar a mentira e a falsidade dessas palavras?
É que a história encarregou-se de demonstrar que as verdadeiras intenções desse e de outros grupos de bravos comunistas tão injustiçados pelas ortodoxas direcções do PCP, sempre desfazadas da realidade, sempre distantes dos anseios do povo - questões muito melhor compreendidas pelos Governos PS, claro está.